Quem pode ser considerado refugiado?
De acordo com a Convenção de 1951 relativa ao Estatuto dos Refugiados (de 1951), são refugiados, as pessoas que se encontram fora do seu país por causa de fundado temor de perseguição por motivos de raça, religião, nacionalidade, opinião política ou participação em grupos sociais, e que não possa (ou não queira) voltar para casa.
Posteriormente, definições mais amplas passaram a considerar como refugiados as pessoas obrigadas a deixar seu país devido a conflitos armados, violência generalizada e violação massiva dos direitos humanos.
"Quando tudo se desmorona, só isto sustenta a esperança:
Deus ama-nos, ama a todos"
Papa Francisco (@Pontifex_pt Jul 17)
(...) A proteção de refugiados foi estabelecida como missão principal da Agência de Refugiados da ONU e que foi constituída para assistir, entre outros, os refugiados que esperavam retornar aos seus países de origem, no final da II Guerra Mundial.
(...) Os refugiados necessitam de deslocar-se para salvar as suas vidas ou preservar a sua liberdade. Eles não possuem proteção do seu próprio Estado e (...) muitas vezes, é o seu próprio governo que ameaça persegui-los. Se, outros países, não os aceitarem, em seus territórios, e não os auxiliarem, (...) poderão estar a condenar, estas pessoas, à morte ou a uma vida insuportável, nas sombras, sem sustento e sem direitos.
António Guterres - enquanto Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados e a Embaixadora da Boa Vontade, do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, Angelina Jolie.
Como Alto Comissário, António Guterres dirigiu uma das principais agências humanitárias do mundo. O ACNUR recebeu duas vezes o Prémio Nobel da Paz e possuía uma equipa de (...) funcionários em mais de 110 países, fornecendo proteção e assistência a (...) milhões de refugiados e outras pessoas, sob o seu mandato. (...)
De acordo com as últimas estatísticas, o número de migrantes forçados, em todo o mundo, ultrapassa os 50 milhões e não pára de aumentar.
ACNUR - Agência da ONU para os Refugiados
ACNUR - O que é um lar?
ACNUR alerta para 2020 - migração venezuelana passará de 4,5 para 6,5 milhões
(...) Há mais de duas décadas que o CPR, sempre em colaboração com o Alto Comissariado (das Nações Unidas) para os Refugiados (ACNUR), procura minimizar as consequências das deslocações forçadas (...).
Crise migratória - Alemanha
Crise migratória
Crise migratória
As guerras na Síria e no Iraque levaram, a um nível recorde, os pedidos de asilo, nos países desenvolvidos, em 2014.
Dados divulgados, em junho de 2018, apontam para um novo recorde de população deslocada, 68,5 milhões de pessoas, em todo o mundo. Destas, mais de 25 milhões de pessoas, foram (...) obrigadas a fugir do próprio país.
Este relatório indica que, mais de dois terços
do fluxo de refugiados, tem origem em, apenas, cinco países. A Síria é o país com maior
número de refugiados do mundo. O Afeganistão surge em segundo lugar, com 2,6
milhões de refugiados. Seguem-se o Sudão do Sul, Myanmar e Somália.
Uma das razões que está na origem deste fluxo, prende-se com:a guerra na Síria. A deslocação interna e externa dos sírios continuou a crescer, ao longo dos anos. Os países da região são sobrecarregados com o número de refugiados, vindos da Síria. Por isso (...) muitas pessoas procuram alternativas, tentando rumar a norte e alcançar a Europa, através de várias rotas.
Localização da Síria no Médio Oriente
Síria e a Primavera Árabe - vídeo Youtube
A instabilidade no norte de África.
Neste momento, a Líbia não tem um sistema de governo eficiente. Existem outros focos de violência na África subsariana, que também empurram as pessoas para norte. Depois, existe ainda, uma parte considerável de migrantes que chegam à Europa, vindos de países em que a situação económica e o nível de pobreza, são de tal ordem que, para tentarem sobreviver, têm de procurar, juntamente com as famílias, uma alternativa num outro lado.”
Localização de Líbia - Norte de África
A chegada, em massa, de refugiados à Europa, o maior fluxo migratório registado desde a Segunda Guerra Mundial, confrontou, as autoridades europeias, à realidade de uma tragédia de dimensões astronómicas (...)
Segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM), milhares de pessoas, que tentaram chegar à Europa, perderam a vida no Mediterrâneo (...)
" A crise surgiu em consequência do crescente número de migrantes irregulares, que buscam chegar aos estados membros da União Europeia, através de perigosas travessias no Mar Mediterrâneo e pelos Balcãs, procedentes da África, Médio Oriente e Ásia do Sul.
É a maior onda migratória e, consequente crise humanitária, enfrentada pela Europa, desde a Segunda Guerra Mundial. Segundo o vice-presidente da Comissão Europeia, Frans Timmermans, é uma "crise mundial que necessita de
resposta europeia".
A expansão do Estado Islâmico e o genocídio cristão no Médio Oriente.
O Papa Francisco ... não foge da "palavra-tabu" genocídio. Fê-lo, na visita à Bolívia: «Hoje, estamos desolados ao ver como no Médio Oriente e noutras partes do mundo, muitos de nossos irmãos e irmãs, são perseguidos, torturados e mortos por causa da sua fé, em Jesus Cristo. Nesta "Terceira Guerra Mundial", que estamos a experimentar, agora, e se trava de forma fragmentada, é uma forma de genocídio que está a ocorrer e isso tem que acabar.»
Para o ano 2020, o Papa Francisco escolheu o tema " Forçados, como Jesus Cristo, a fugir", procurando ... encorajar o mundo a "acolher, proteger, promover e integrar" as pessoas deslocadas internamente, (...) porque são as mais afetadas e esquecidas, nesta época de pandemia."
Testemunho do Papa Francisco e de um migrante.
Para salvaguardar a casa Comum e torná-la cada vez mais parecida com o plano original de Deus, devemos empenhar-nos em garantir a cooperação internacional, a solidariedade global e o compromisso local.
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